REGRESSO AO PASSADO NA FREI HEITOR PINTO




📚Acordo pelas 7:45. 
Lá fora ouço o barulho do trânsito que nesse momento circula pela rua, apresso-me a levantar, faço a higiene diária e saio porta fora, andar rápido pela rua Direita desço as escadas do quebra-costas e chego a S. João de Malta onde param os autocarros apinhados de gente, para estudar e trabalhar. É daquele local que a população do concelho chega e parte para as suas labutas diárias, na sua maioria estudantes e operários. 
📚Continuo o meu caminho, entro na Escola Campos Melo, percorro o seu interior e finalmente chego à Frei Heitor Pinto onde já estão alguns dos meus colegas de turma. Conversamos um pouco no átrio sobre futebol mas também dos testes que se aproximam, sei que muito dificilmente vou evitar duas negativas, mas o meu forte nunca foi Matemática nem Física. O tempo passa depressa, já toca para a entrada, vamos ter Português com a Dra. Umbelina Castelo Branco. Dentro da sala o silêncio impera, apenas os passarinhos se ouvem lá fora. 
Quando toca para o intervalo lá vou eu mais o Rui Paulo e o Barrocas para o refeitório ( na altura fazia de refeitório e bar) comprar um bolo, por vezes íamos à padaria que ficava ao lado do café Primor comprar uns "nevões", quantas vezes não ficava com a roupa cheia de farinha…😊

📚Aula seguinte: Matemática com a Dra. Cidália Campos, para mim era um sacrifício, não pela professora (excelente) mas porque não entendia nada da matéria, mais uma vez o silêncio até perturbava. 
No intervalo maior era no pátio inferior ( hoje se situa o bar de alunos ) que se retomavam as conversas que tínhamos suspendido na aula anterior. Mais um toque para a entrada agora Biologia com o Dr. José Farias e onde vai ser apresentado um trabalho de grupo sobre Drogas e estava esperançado numa boa nota. Tinha pesquisado em livros que falavam no tema. ( livros sim, porque computadores nessa altura só apareciam na ficção cientifica), O laboratório era no piso superior (onde hoje se encontra). 
📚Sem que se desse conta já estávamos no intervalo outra vez ,(este era o último e apenas de cinco minutos), o suficiente para mais conversa e algumas anedotas, é que o Rui Paulo Fonseca já nessa altura se notava que tinha queda para ator, o que mais tarde veio a acontecer.( vocês presentemente já o viram em novelas, series portuguesas, teatro e ainda faz dobragens de filmes famosos da Disney). 
📚A campainha tocava para a última aula da manhã, dirigimo-nos passo largo para a entrada do Bloco I, onde ficava a nossa sala (9),as carteiras verdes alinhadas e em frente o quadro de ardósia com o respetivo giz de pau branco. Cá fora no corredor lá estava o funcionário Sr. Ginete ou Sr. Henrique, sempre muito prestáveis mas pouco coniventes quando nos portávamos menos bem. Já não é feriado, agora que estávamos prontos a correr, como se fossemos verdadeiros índios aos gritos de feriado, eis que se aproxima a Dra. Beatriz Fonseca nossa professora de Francês. Que desânimo!... e logo nos últimos segundos antes do toque de feriado. De qualquer maneira os 45 minutos passaram depressa e eu que estava colocado na carteira da frente com a minha colega Luísa Leal, arrumei os livros num instante e mal tocou saí porta fora, a caminho de casa em busca do almoço merecido.

Era assim a nossa escola em 1978.

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