Naqueles verĂ”es dos anos 70 a piscina era o principal polo de atração para os jovens, excetuando as esplanadas do cafĂ© montalto, primor, umas sessĂ”es de cinema, e claro estĂĄ que a serra era sempre consumĂvel o ano inteiro.
CalçÔes e toalha enrolada debaixo do braço lĂĄ ia eu rua fora a caminho da piscina municipal; jardim pĂșblico, escadas da trapa, rua MarquĂȘs d Ăvila e Bolama, escadinhas da ponte dos costas e lĂĄ estava eu no recinto onde jĂĄ cheirava a "maresia". Antes de entrar ia visitar a esplanada a verificar se via algum amigo e sĂł depois exibia ao funcionĂĄrio com muito orgulho o meu cartĂŁo de sĂłcio do CDC sempre com as cotas em dia, dirigia-me para os balneĂĄrios entregava o cabide e em troca davam uma ficha com o nĂșmero para podermos levantar o mesmo.
A piscina tinha trĂȘs tanques: pequeno para bebĂ©s e crianças pequenas, o mĂ©dio para adolescentes e aqueles que nadavam mal, e o grande com as suas medidas olĂmpicas, sim que na piscina podiam-se realizar grandes eventos desportivos. Escolhia o sitio ao pĂ© do muro com relva para esticar a toalha, a vista era de uma pessoa se perder com parte da Cova da Beira, e sol...bem sol era todo o dia, desde o seu nascer atĂ© por. A parte mais engraçada era o passar dos chuveiros, uns pulavam a cerca, outros encolhiam o peito, eu era mais a correr para depois "pinchar" para a ĂĄgua que estava sempre quentinha, devido ao muito tempo de energia solar. Quando a piscina estava muito cheia era um perigo mergulhar, (mesmo dos nĂșmeros), pois havia o perigo de se cair em cima de alguĂ©m, atĂ© havia quem pedisse Ă s pessoas para se afastarem um pouco.
Com amigos a diversĂŁo era garantida, jogĂĄvamos Ă apanhada, fazĂamos castelos dentro de ĂĄgua e algumas corridas de natação. TambĂ©m existiu muito namorico dentro daquela "estĂąncia balnear".
DifĂcil esquecer os bons momentos que lĂĄ passei, ficam as boas recordaçÔes da piscina que o sol permanecia todo o dia, dos bons amigos e da minha cidade.
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