Quando os computadores, tablets, consolas, leitores de DVD, telemóveis, apenas faziam parte da nossa imaginação e filmes de ficção cientifica, a malta da minha geração tinha apenas duas soluções; ou íamos brincar para a rua ou se estivesse mau tempo ficávamos em casa a brincar com o que tínhamos.
É aqui que desde a minha tenra idade entra o Patinhas, Mickey, pateta e tantos outros que fizeram parte da minha aprendizagem luso Brasileira, principalmente nas manhãs dos fins de semana no recanto da minha cama. Tive neste caso a sorte de ter dois irmão mais velhos que compravam e trocavam os livros e depois eu devorava alegremente.
O Patinhas era o velho pato avarento que mantinha a sua caixa forte bem segura e até nadava em dinheiro a sua joia da coroa era a moedinha número um.
O Donald era o sobrinho que estava sempre metido em encrencas e muito solicitado pelo Patinhas quando existiam problemas. Os sobrinhos Zézinho, Luisinho e Huguinho, (quanto a mim os mais direitinhos e sensatos de todos), resolviam as trapalhadas em que se metiam os adultos não fossem eles escuteiros mirins.
O Mickey, o rato detetive , o mais astuto o mais inteligente das aventuras, era ele que sempre desvendava os mistérios de Patopólis ( cidade dos intervenientes das histórias).
Pateta, como o nome indica o mais trapalhão, tudo nele dava errado e era um perigo tê-lo por perto e quando alguma coisa dava certo é porque tinha sido feito da pior maneira possível.
O professor Pardal o inventor de Patopólis, fazia inventos por encomenda e todos eles resultavam, tinha como ajudante o lampadinha.
E mais o coronel Cintra, a Minnie, o Gascão, a Clarabela, a Vovó Donald, os Metralhas que estavam sempre prontos a assaltar a caixa forte do Patinhas mas sempre apanhados, muitas vezes devido a terem no grupo o infeliz 1313, o Mancha Negra e tantos outros que fizeram parte da minha infância e adolescência.
Ainda hoje quando posso leio umas histórias apesar de já não terem nada a ver com as da Editora Abril da época.
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